Comprei o primeiro em 1982: Poemas escolhidos, publicados pela Assírio ( col. cadernos peninsulares/literatura 21). Esta crítica balofa "em João Miguel Fernandes Jorge, há uma hiperconsciência da brevidade da vida" pouco ou nada faz ganhar leitores ao Jorge. O artigo tem zero comentários. Fica aqui um.
E fica também um pedaço , tirado da referida edição. É tão simples que dói:
E eu ia ao Sanguinhal visitar a minha prima que
tinha um cavalo debaixo do quarto
subindo de vales descendo de montes
acompanhando a banda do Carvalhal com ferrinhos
e roucas trompas o meu Natal é ainda o Natal de
minha mãe com uns restos de canela e Beira Alta.