Graças a A. Cândido Franco e, sobretudo, à melhor empresa pública portuguesa, podemos ler coisas raras. Como João Lúcio. Maldito no sentido literal porque ignorado, não reeditado, esquecido.
João Lúcio, do grupo da Renascença ( com Pessanha, Pascoaes, Gomes leal etc) é o freguês de hoje.
De Na Asa do Sonho ( 1913) , uma coisa fabulosa. Sobre um tema gastíssimo, um toque de calcanhar precedido de uma chicuelina:
Que se gosto de ver, aflita entre o cabelo,
O teu cabelo em chuva, uma rosa afogada,
É só para poder, mais tarde, descrevê-lo,
Com a rosa a sofrer, numa rima agitada.