quinta-feira, 9 de junho de 2016

Criminaliza agora este piropo

Graças a A. Cândido Franco e, sobretudo,  à melhor empresa pública portuguesa, podemos ler  coisas raras. Como João Lúcio. Maldito  no sentido literal porque ignorado, não reeditado, esquecido.
João Lúcio, do grupo da Renascença ( com Pessanha,  Pascoaes, Gomes leal etc) é o freguês de hoje.

De Na Asa do Sonho ( 1913) , uma coisa fabulosa.  Sobre um tema gastíssimo, um toque de calcanhar  precedido de uma chicuelina:

Que se gosto  de ver, aflita entre o cabelo,
O teu cabelo em chuva, uma rosa afogada,
É só para poder, mais tarde, descrevê-lo,
Com a rosa a sofrer, numa rima agitada.