quinta-feira, 30 de junho de 2016

Nicolau Tolentino, o pré-marxista

E bom. Conheci-o num escrito de Nemésio sobre Bocage. Oficial da Secretaria de Estado  dos Negócios do  Reino, morreu em 1811. Tem a poesia reunida numa edição de 1861 ( José Torres, Lisboa).
O fatalismo, a falta de mobilidade social, a rigidez pós feudal. Let's look at the trailer:

Entre faixas de pobreza
meus tristes  pais me envolveram.
Desde então, em crua empresa,
contra mim as mãos se deram
a fortuna e a natureza.

(...)
Toma os tristes cabedais
em que teu fado te lança:
toma pranto e inúteis ais;
entra na funesta herança
de teus desgraçados pais!