quinta-feira, 16 de junho de 2016

Era um Adolfo, mas Salazar não gostava

Voo sem pássaro dentro ( 1954): a única maneira de enfiar pássaro  em qualquer coisa  relacionada com a poesia. E mesmo assim...
Adolfo Casais Monteiro, outra vez.  Esquecido  nos dias de hoje pelos jornalistas culturais, mas a gente senta-o neste escanos periféricos que são os blogues. É um tipo de outro mundo, de um mundo em que não se podia escrever, dirigir ou falar. Graças ao botas de Santa Comba e  ao seu regime de contas em ordem.  Infelizmente, aldrabões como este  acham que é o capitalismo que asfixia  a cultura , fingindo esquecer estas amostras de cultura  libertária.

Bem, let's  look at the trailer.  Casais  Monteiro explica como a sociedade nos atraiçoa:

Como é possível  não ouvirmos o estertor das nossas vidas
quebradas de encontro ao pilar das barragens,
esbracejando nos redemoinhos, arrastadas
para o mar imenso da vida não cumprida...