domingo, 29 de maio de 2016

Gado de prata

 Fiama, 1976:


Nos subúrbios há ainda o gado de prata
a pascer entre miríades de seres
exilados como eu que estou cega, no pesadelo,
e visonária quando assisto à força da Natureza.


Fiama ganhou carta  de alforria nos cadernos Poesia 61 . Na tertúlia do Saldanha , com Carlos de Oliveira, Herberto Hélder, Abelaira , entre outros, já era uma semideusa.
Metade da sua poesia é sonolenta , um quarto é pomposa. O outro quarto é almofadado e  com uma bela janela.